segunda-feira, 7 de novembro de 2011














Mas as tuas palavras misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse desgraçado rei D. Sebastião, que o seu mais desgraçado povo ainda não quis acreditar que morresse, esses contínuos agouros em que andas sempre, de uma desgraça que está iminente sobre a nossa família… não vês que estás excitando com tudo isso a curiosidade daquela criança, aguçando-lhe o espírito — já tão perspicaz! — a imaginar, a descobrir… quem sabe se a acreditar nessa prodigiosa desgraça, em que tu mesmo… tu mesmo… não crês, mas achas não sei que doloroso prazer em ter sempre viva e suspensa essa dúvida fatal.

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